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TRICOLOR SEM VERGONHA

18-04-2011 07:30

Não leve o título do post 100% a sério.  O clube São Paulo e sua história são intocáveis, mas nesta sexta-feira uma enorme mancha ficou registrada nessa linda história.

Juvenal Juvêncio, o presidente que tem seu mandato ainda na justiça sendo discutido, é candidato a reeleição e, de novo, rasga o estatuto e dá o golpe na cara de todo conselho.

Os sócios e conselheiros dizem amém ao não se opor. O que torna o SPFC, até semana passada um clube que falava em “moralizar” as coisas, um clube comum em sua postura.

Como pode um homem que bate na mulher querer sair na rua defendendo o direito das mulheres?

De que adianta se fazer a favor do desarmamento e fazer curso de tiros?

Juvenal, meu caro Juvenal. Você bateu na sua esposa, quebrou a casa toda e saiu na calçada pedindo o fim da violência.

Sua candidatura é podre. É um golpe dos mais nojentos que vi acontecer neste clube, e pior,  com o aval da maioria covarde.

Covarde pois dos que conversei, e não foram poucos, o que mais ouvi foi: “Sou contra! Mas vou falar o que? Se eu abrir a boca eles me queimam”.

Covardes! Anti-sãopaulinos. Maus sãopaulinos!

Por politica, pisam na camisa do clube. Por firula com a torcida, vão na tv falar em ética, moralizar o futebol, etc.

Ninguém sem moral dentro de casa pode querer moralizar algo fora.

Juvenal, você é o retrato atual do que o São Paulo nunca foi e sempre teve orgulho de não ter sido.

Você e sua candidatura tornam o SPFC, estruturado e vencedor, hoje, num clube comum.

Parabéns!

Será reeleito, certeza. Pois além da sua cara de pau em tentar, existem covardes suficientes pra dizer amem.

Lamento pelos 15 milhões de torcedores que acreditaram no discurso do “clube diferente que busca moralizar as coisas”.

Lamento muito. Mereciam mais respeito.

abs,

RicaPerrone (HTTP://www.ricaperrone.com.br) 

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MANTER O FOCO

18-04-2011 07:25

 “Foi bonita a festa, pá,

Fiquei contente...”

Os versos do jovem Chico exprimem meu sentimento de ontem à noite.

Festa linda para Luis Fabiano, no nível de Real Madrid, nível de primeiro mundo, que é o que o São Paulo foi durante anos e depois de derrapar perdeu um pouco. Parece que está voltando, a julgar pelo que vimos ontem.

Festa linda em Barueri, para o 100º gol do capitão, festa que continuou ontem, merecida, justa, maravilhosa, única.

Festa e parabéns para essa maravilhosa torcida, com dezenas de milhares de torcedores indo ao Morumbi numa tarde de terça-feira comum, adentrando a noite, apenas para ver e celebrar seus ídolos.

Parabéns ao Presidente Juvenal Juvêncio pela contratação de Luis Fabiano.

Agora, porém, mais que nunca precisamos manter o foco em nossas ações, em nossas propostas, em nossos discursos. E o foco é o mesmo de sempre: o respeito ao Estatuto, ao seu espírito legítimo.

Parece-me que o presidente está dando uma guinada em suas ações. Aparentemente, perdeu a obsessão por fazer do Morumbi o estádio da Copa. Ainda bem, embora com grande atraso, já no final de seu mandato. De qualquer forma, Juvenal Juvêncio está presente na história do São Paulo como um dos grandes presidentes.

Agora é hora de mostrar grandeza, de fato.

Grandeza moral, grandeza ética e também grandeza política.

Respeitando a tradição do São Paulo FC, respeitando o espírito de nosso documento maior, nossa constituição, o Estatuto Social, respeitando o legado ético construído no desenrolar de nossa rica história, deveria o Presidente Juvenal mandar tirar as ações judiciais que tentam validar o que não é validável e anunciar que não irá concorrer ao terceiro mandato seguido.

Com esse gesto de grandeza política, ao renunciar ele ficaria ainda mais forte do que já é, mas com uma diferença: a legitimidade.

Nem vou discutir o episódio da contratação de nosso Fabuloso agora. Fontes mais que seguras afirmam que ela poderia ter sido feita antes, bem antes, talvez até com gasto menor e, provavelmente, com ganho maior do que tivemos nesse período recente. Fica aqui o registro, somente.

A festa foi mesmo bonita, fiquei muito contente e radiante de felicidade e orgulho eu ficarei se o Presidente do meu clube renunciar à possibilidade, digo, à certeza de mais um mandato para honrar, preservar e fortalecer o que é fundamental para qualquer sociedade e para nosso país: a ética, o respeito às instituições, o respeito às leis.

 

Aliás, detestei, por um lado, a decisão do Supremo validando a eleição de parlamentares com fichas sujas. Fiquei aborrecido, triste, revoltado até.

Fiquei orgulhoso, por outro lado, porque o Supremo não cedeu à tarefa mais fácil e glamorosa que seria manter o afastamento desses parlamentares de fichas sujas: respeitou a lei, respeitou o espírito da lei, respeitou a justiça.

Assim se constroi uma nação.

Assim se constroi um clube ainda maior.

Por: Emerson Gonçalves

 

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ELEIÇÕES NO INTERNACIONAL

06-04-2011 09:03

Queria ser colorado…

…só para ser eleitor

Recentemente, o Sport Club Internacional realizou eleição para a escolha do presidente e de parte do Conselho Deliberativo do clube.

Feito o levantamento de quem estava habilitado a votar, chegou-se a um total de 47.000 eleitores.

Gravem esse número: 47.000 pessoas habilitadas a votar no presidente do clube e em membros do Conselho.

Desses, cerca de um terço, apenas, efetivamente votaram: 16.924 eleitores.

Dentre esses, nada menos que mais da metade – 53,4% – votaram via correio (e, na próxima, certamente, via internet).

Conhecidos meus de Rondonópolis e Sapezal, no Mato Grosso, votaram. Outro, de Balsas, no sul do Maranhão, votou. Mais um, de Vilhena, em Rondônia, votou. Todos eles simples torcedores do Inter. Como eles, nada menos que 9.000 torcedores do Internacional votaram pelo correio.

Detalhe: eu usei no parágrafo acima a palavra torcedores pela primeira vez nesse texto, depois de ter usado o vocábulo eleitores várias vezes. E foi proposital.

Porque o Internacional saiu na frente dos demais clubes brasileiros e, de maneira inteligente, visionária e democrática, transformou-se. No Inter, basta ser torcedor do clube para votar. Claro, há alguns trâmites mínimos, fáceis e extremamente baratos. Por pouco mais de vinte reais por mês o torcedor pode tornar-se sócio-torcedor.

Isso feito, contando dois anos de sua inscrição (com os pagamentos devidamente feitos, é claro), ele já pode votar.

Mais que isso: já pode ser votado.

O nome disso é democracia.

O significado, porém, é enorme.

Giovanni Luigi foi eleito com votação expressiva. O mesmo, todavia, não se deu na eleição para o Conselho, onde as chapas concorrentes tiveram números relativamente próximos, garantindo que a gestão Luigi será sempre bem monitorada pelos conselheiros.

Conselheiros jovens e por jovens não quero dizer idade de nascimento e sim jovens de clube, oficialmente. Gente que chega com ideias, vivências, conhecimentos, gente que vem de toda parte do país, não somente do entorno do Beira-Rio e dos bairros mais nobres da simpática e querida Porto Alegre.

A democracia chegou ao Internacional e chegou em grande estilo e trouxe com ela o futuro.

Hummmmmmmmmmmmm…

Nessa altura do texto já perdi boa parcela dos leitores.

Outra parcela está xingando o Zanquetta e sua ideia de convidar um cara pra vir aqui falar bem de um rival.

Calma. Sou são-paulino, tanto quanto qualquer um de vocês. O São Paulo FC está no meu DNA em muitos sentidos, até porque meu pai era são-paulino. Cresci ouvindo os jogos pela Rádio Bandeirantes, na voz do grande Fiori Giglioti. Em 1967 fui sozinho ver um jogo do Tricolor pela primeira vez, no Pacaembu, contra o Corinthians. Tinha, então, 13 anos de idade, e fui campeão paulista até os 44’30” do segundo tempo, quando Benê empatou o jogo. Depois, bom, depois o Santos de Pelé & Cia nos derrotou e ficou com o título, de resto com toda justiça.

Em 1969, orgulhosamente entrei na Torcida Uniformizada Coral e nela permaneci até que encerramos sua atividades, em 1972. Um período maravilhoso, viajando por todo o Estado e parte do Brasil só para ver o São Paulo jogar. O São Paulo do grande Roberto Dias, e Gerson, Rocha, Toninho e meus ídolos inesquecíveis: Paraná e Pablo Forlan.

No final dos setenta, começo dos oitenta, nem lembro direito, associei-me ao clube, mas sou pouco afeito a esse negócio de freqüentar clubes e minha esposa também.

Para fazer um pouco de graça, citarei Marx, não o Karl, mas o Groucho: Nunca me associarei a um clube que me aceite como sócio.

Bom, gracinhas à parte, sou são-paulino, mas hoje estou apaixonado pela democracia colorada. Tenho inveja dela, quero a mesma coisa e até mais para o meu São Paulo.

Quero votar para Presidente!

O que me lembra os anos de militância política, a luta contra a ditadura militar, a grande luta por Eleições Diretas. Tal como naquela época, hoje eu quero votar para presidente.

Quero o direito de escolher quem vai dirigir o clube que amo, que faz parte da minha vida.

Quero o direito de escolher quem fará parte de seu Conselho.

Quero o direito de ser votado, não que pretenda tal coisa, mas quero esse direito.

Porque eu sou torcedor e porque o São Paulo é o que é por causa de seus torcedores e por causa do futebol.

O São Paulo FC é futebol. Não só no nome, mas na sua origem, na sua essência, na sua razão de ser, na sua história, na sua grandeza.

Cabe ao futebol decidir os destinos do clube, o que significa que cabe ao torcedor esse direito e essa responsabilidade.

Um clube de futebol é um ser vivo, tal como uma nação.

Precisa renovar-se continuamente, precisa sempre de novas forças, nova energia, precisa viver o presente com os olhos no futuro e o conhecimento acumulado do passado.

Tal como uma nação civilizada, precisa da democracia. Sem ela, simplesmente, não há futuro.

O que foi bom e aceitável em 1935, 1950, 1970, 2000, já não o é mais em 2011 e menos ainda será em 2020, 2030…

Pensei muito antes de escrever esse texto, mas para escrevê-lo não pensei, simplesmente passei para a telinha o que me vai no coração, mas nesse caso o sentimento é ditado pela razão.

Poderia falar da ação política de Juvenal Juvêncio que isolou o São Paulo e compromete nosso futuro, como poderia falar de Luiz Fabiano, uma contratação maravilhosa, finalmente, embora ditada pela conveniência política do presidente. Poderia falar da disputa pelos direitos de TV.

Até comecei alguns rascunhos e deletei-os.

Deixei meu coração tricolor falar.

Por: Emerson Gonçalves

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JUVENAL JUVÊNCIO SOBRE NOVO REVÉS NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

11-03-2011 22:09

Do blog do Paulinho

Oposição tricolor vence nova batalha jurídica contra Juvenal Juvêncio

No final de fevereiro, por decisão judicial, foi realizada a reunião de Conselho que permitiu a Juvenal Juvêncio tentar se reeleger pela terceira vez.

Ocorre que a mesma decisão impede que, na prática, o ato tenha valor enquanto o mérito não for julgado em instancia superior, por três desembargadores.

Resumindo, Juvenal ganhou, mas ainda não levou.

Se é que vai levar.

E sua turma perdeu nova batalha jurídica no dia de ontem.

Tentaram, por intermédio de um agravo de instrumento contra o conselheiro Aurélio Miguel, legalizar o que foi decidido na reunião, sem ter que esperar a última instancia.

O Tribunal indeferiu o pedido, concluindo que a partir do momento que a reunião foi, de fato, realizada, implicitamente os dirigentes tricolores concordaram com a decisão anterior, que previa exatamente a realização da mesma, mesmo que sem poderem se utilizar da decisão votada no momento.

 

https://www.midiasemmedia.com.br/paulinho/?p=27062

 

 

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CHAMADA AO BOM SENSO

25-02-2011 14:46

Caros conselheiros,

Em virtude da desinformação que surgiu na imprensa, fomentada pelos patrocinadores do golpe, o Movimento Nem a Pau, Juvenal esclarece que, na verdade, não ocorreu a suposta "vitória" da candidatura de Juvenal Juvêncio na Justiça. Basta ler a decisão para constatar que apenas foi permitido que realizem a assembléia extraordinária, mas suspendendo os efeitos de qualquer modificação estatutária que venha a ser aprovada. Confiram sua parte dispositiva:

Ante a controvérsia que se estabeleceu entre as partes, surgiu a necessidade da intervenção do Poder Judiciário, para removê-la. Portanto, dúvida não pode haver de que os agravados têm interesse-necessidade no provimento jurisdicional postulado em primeira instância. 3.- DO MÉRITO - A questão não é nova e já foi suscitada anteriormente em demanda proposta por Arnaldo Araújo e outros em face do São Paulo Futebol Clube, julgada procedente pela r. sentença de fls. 83/84, e que foi prestigiada pela 10ª Câmara de Direito Privado deste Tribunal de Justiça de São Paulo, no julgamento dos Embargos Infringentes nº 520.092-4/7-01, relatados pelo Des. Testa Marchi, que acabou concluindo "que a autonomia concedida pela Constituição Federal não pode ser confundida com a liberdade ou independência absoluta, não sendo incompatível a autonomia das entidades desportivas com o disposto no artigo 59 do Código Civil, pois a União pode legislar normas gerais, traçando parâmetros, definindo o seu alcance" (fls. 140/148, esp. fls. 148). Nada obstante, esse v. acórdão pende de julgamento de recursos especial e extraordinário interpostos pelo São Paulo Futebol Clube, aos quais a Presidência da Seção de Direito Privado deste E. Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu efeito suspensivo (fls. 296/297). Por outro lado, há risco, ao menos em tese, de a Turma Julgadora desta 8ª Câmara de Direito Privado modificar a orientação adotada pelo MM. Juiz de origem. Nesses termos, o mais sensato é permitir a realização da reunião marcada para o dia de amanhã, ficando, no entanto, suspensos os efeitos da respectiva deliberação até a decisão final deste recurso de agravo. 4.- Comunique-se, pois, o MM. Juiz de origem. 5.- Às contrarrazões. Int. São Paulo, 24 de fevereiro de 2011. THEODURETO CAMARGO Relator 

Isto significa que, ainda que aprovem a mudança proposta pelo Dr. Aidar (que continua tão ilegal quanto antes e pode ser objeto de Ação autônoma), não será possível registrar a candidatura do atual presidente enquanto o agravo não for julgado. Salienta-se que o próprio relator destaca que outra câmara do TJSP já foi contrária à alteração dos estatutos pelos conselheiros, sem a participação de associados. Também conclui que a assembléia pode ser feita apenas por cautela, ante a eventualidade (que não chama de remota, mas sugere) de haver entendimento diverso. Ou seja: sequer há elementos garantindo que o Dr. Theodureto concorda com o alegado pelo SPFC. Isto pode ser chamado de tudo, menos de segurança jurídica.

Sendo assim, sem querermos ser repetitivos, mas ressaltando as advertências sobre o caos jurídico que um terceiro mandato causará, convidamos cada conselheiro a questionar as informações do Dr. Aida. Também questionem a si mesmos se, conforme as notícias das últimas semanas, a conduta de Juvenal Juvêncio deveria ser a preferencial para dias de conturbações. Não há como esconder que sua frase sobre se "deliciar" com a Taça das Bolinhas deu aos rebeldes mambembes o combustível que precisavam para criar uma revolta no Clube dos 13, prejudicando os esforços brilhantes do nosso são-paulino Athayde Gil Guerreiro. 

Também não consta que, ao contrário do propagado, o continuísmo (ou continuidade, se assim prefere o Dr. Aidar) com Juvenal angariará alguma simpatia pelo Morumbi em 2014. No mínimo, há que se questionar tudo isso e se perguntar se a própria Situação não teria um nome capaz de evitar a guerra jurídica e também de representar o SPFC nestas lutas com o apoio do atual presidente, mas sem a rejeição deste. Por que não Athayde? Seu trabalho de lutas pelo SPFC, sempre de forma sensata e corajosa, não merece o reconhecimento de que pode ser o homem a conduzir o clube nestas águas revoltas? Não seria desrespeito algum com o atual presidente, até porque foi Juvenal quem o colocou no campo de batalha. Poderia ser visto até como um reconhecimento ao tanto que o atual presidente fez de positivo, sem arriscar colocar seu nome - e o do clube - em descrédito.

Como já destacamos anteriormente, o movimento não é de oposição e só rejeita, por princípios inalienáveis, uma candidatura: a de Juvenal Juvêncio. Todos os esforços estão sendo feitos unicamente em prol do respeito ao estatuto (o que inclui não haver alterações ilícitas) e às tradições do clube que amamos. Pensamos que seria excelente uma eleição saudável, com candidatos capacitados e legítimos de ambos os lados - situação e oposição. Isso é o que permitirá ao presidente somar dentro e fora do SPFC, em vez de dividir. Mais que nunca, é do que o tricolor paulista necessita.

Portanto, pensem nestes questionamentos e os levem adiante. Para isso os senhores foram eleitos. O SPFC precisa de seus conselheiros atuantes. O tempo das ovelhas não se adéqua ao momento que vivemos.

Saudações tricolores.

 

MOVIMENTO “TERCEIRO MANDATO NEM A PAU, JUVENAL”

 

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DECLARAÇÃO

20-02-2011 22:55

DECLARAÇÃO OFICIAL SOBRE A "NOITE DA VERGONHA" 

 

A respeito da assembléia extraordinária que acaba de ocorrer na sede do SPFC, o movimento Nem a Pau, Juvenal! tem a dizer o seguinte:

1 - como já foi explicado, as mudanças estatutárias só terão efeito se o recurso de agravo vier a ser acolhido pelo colegiado de desembargadores que o julgará, sendo que o TJSP já tem precedente contrário à tese defendida por Carlos Miguel Aidar, de modo a considerarem ilícita a alteração estatutária sem a convocação de todos os sócios.

2 - independentemente da questão formal, as alterações realizadas também constituem agressão ao ordenamento jurídico, criando uma regra futura para regular um fato pretérito. Isso não é Direito. É ficção científica. Não há Tribunal que reconheça tal possibilidade, de modo que será enorme o risco de, em caso de mais uma reeleição de Juvenal Juvêncio, este vir a ser destituído judicialmente por se valer de disposição estatutária nula.

3 - confiamos que a Justiça salvará a integridade do clube, mas não poderá fazer o mesmo pela honra dos conselheiros que se omitiram ou aderiram abertamente ao golpe. Ambos jogaram no lixo suas reputações ao ignorarem o Direito ou terem medo de apontá-lo aos demais. Não estamos aqui para julgá-los como pessoas. Já como são-paulinos, podemos qualificá-los como traidores de seus ideais históricos. Quando tudo vier a ser rejeitado pelo Poder Judiciário, restará a eles a vergonha e a lembrança dos medíocres papéis que decidiram interpretar.

4 - agradecemos aos poucos conselheiros e jornalistas que correm atrás da verdade, repudiando a desinformação e mostrando a real face de um episódio que será recordado como a tentativa mais triste de implantar o caudilhismo no Morumbi. Em reconhecimento a eles, bem como aos demais torcedores que prosseguem encampando esta luta, manifestamos nossa esperança irredutível.

BEM AVENTURADOS OS QUE NÃO SE CALAM, PORQUE JAMAIS SERÃO CALADOS.

Saudações tricolores!

 

MOVIMENTO TERCEIRO MANDATO? NEM A PAU, JUVENAL!

 

 

CARTA SOBRE REUNIÃO DE HOJE DO CONSELHO

 

Caros Conselheiros:

Nosso movimento é essencialmente apolítico.

Poderíamos enumerar ações, atitudes e, posturas do nosso Presidente, que resultaram em danos, sobretudo à imagem do nosso Clube, fazendo com que desportistas adeptos de agremiações co irmãs, passem a nos considerar desafetos, para dizer o mínimo. Não o faremos, pois não vem ao caso.

Consideramos positivo o saldo da gestão, mas a questão, agora, é outra.

Reunião de Hoje

Depois de embates judiciais, duas medidas liminares acatadas, a segunda reforçando a primeira ainda antes de contestação, haverá finalmente, hoje, dia 25/02/2011, reunião do nosso Egrégio Conselho Deliberativo.

Pretendem modificar o passado. Querem alterar o nosso Estatuto Social para dar guarida a uma pretensa segunda reeleição do nosso atual Presidente. Isto, às vésperas das eleições, depois de decorridos 99,94% do atual segundo mandato.

Entendemos que tal ação equivale a vilipendiar a regra do jogo pouco antes do apito final de uma partida de futebol. Entendemos também que, com isto, confirmam que o atual texto estatutário não permite o terceiro mandato consecutivo.

Tão óbvia nos parece esta conclusão que nem precisaria estar posta. Mas, sabem como é,  torcedores fervorosos que somos, só o fazemos para pedir a alguns dos senhores e senhoras, que se dispam da condição de engajados a um lado nesta contenda e que julguem imparcialmente o fato de que, desde a sucessão do presidente anterior, o atual sabia que ao final deste seu segundo mandato deveria passar o bastão de nosso máximo mandatário a algum outro componente desse Conselho.

Entendemos que TODOS os sãopaulinos devem reverenciar a Instituição, respeitando-a. Seguir como seguimos nós, a oração de São Francisco de Assis, “dando mais do que receber”.

Resignamo-nos a receber em troca apenas as alegrias das vitórias e das conquistas e também, a manutenção do nosso clube como um dos melhores exemplos a serem seguidos no futebol brasileiro.

Pedimos-lhes, agora, algo mais. Pedimos que deem a alegria de vermos respeitada a norma vigente da Lei Maior que rege a nossa Instituição. Respeitem-na, impedindo o que pretendem fazer na reunião de hoje, pela razão maior da honra do nosso Clube.

No Poder Judiciário

No despacho em que permitiu a contestada reunião de hoje, o MM juiz ressalva (negrito e grifo nossos):

3.- DO MÉRITO - A questão não é nova e já foi suscitada anteriormente em demanda proposta por Arnaldo Araújo e outros em face do São Paulo Futebol Clube, julgada procedente pela r. sentença de fls. 83/84, e que foi prestigiada pela 10ª Câmara de Direito Privado deste Tribunal de Justiça de São Paulo, no julgamento dos Embargos Infringentes nº 520.092-4/7-01, relatados pelo Des. Testa Marchi, que acabou concluindo "que a autonomia concedida pela Constituição Federal não pode ser confundida com a liberdade ou independência absoluta, não sendo incompatível a autonomia das entidades desportivas com o disposto no artigo 59 do Código Civil, pois a União pode legislar normas gerais, traçando parâmetros, definindo o seu alcance”

Caso vocês resolvam na reunião de hoje negar-nos este pedido  - manter a honra do atual texto estatutário, sem modificá-lo a dois meses das próximas eleições -, isto não terá efeito prático até que o mérito seja julgado pois, no mesmo despacho em que permite a realização da reunião, cita o MM:

“….ficando, no entanto, suspensos os efeitos da respectiva deliberação até a decisão final deste recurso de agravo.”

Parece certo que alguns haverão de manter a busca no Poder Judiciário, pela defesa da ética da nossa Instituição. Ademais, enquanto torcedores e mantenedores do nosso time, possibilitando-lhe recursos via aquisição de bens licenciados e de produtos dos nossos patrocinadores, haveremos de formar um Grupo para, em ação popular pela mesma via, buscarmos manter a honra da nossa Instituição, porque disto fazemos absoluta questão.

Do DD Presidente, Dr. Juvenal Juvêncio

Esperamos, ainda, um gesto que reputaremos extraordinariamente nobre, indicando dentre vocês, Conselheiros, um sucessor, não pleiteando assim outra reeleição sequencial à anterior, justa e merecidamente conquistada em abril de 2008.

Esperamos torcendo que ele continue a colaborar na próxima gestão, doando-nos toda a sua força e competência, que reconhecemos grande, desde outra resignada cadeira.

Outra Imagem

Com isto, além de manter a honra do vigente Estatuto Social, poderemos, sob nova direção, promovendo a sempre boa alternância no poder, com postura sempre altruísta, porém mais simples, menos arrogante, reconquistar a antiga simpatia que outrora nos era dedicada, não só entre a grande maioria dos fãs e dirigentes de co irmãos, mas também nas diversas esferas às quais somos filiados, das quais temos recebido duros castigos, talvez, em retaliação.

Éramos chamados de “Clube Mais Querido da Cidade” e gostaríamos muito de voltar a ser.

A Via do Litígio

Mas, se o Dr. Juvêncio nos negar isto e vocês lhe outorgarem a (por enquanto) inócua, “até a decisão final do recurso”, possibilidade de terceiro mandato consecutivo, há que se ter em mente que estarão colocando u’a mancha casuística na história do SPFC e, nos remetendo mais uma vez, de volta aos tribunais.

Paz, Por Favor...

 

MOVIMENTO “TERCEIRO MANDATO NEM A PAU, JUVENAL”

 

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NOTA OFICIAL DA SPNET

18-02-2011 16:24

Há pouco tempo atrás, acreditava-se que o atual presidente do São Paulo Futebol Clube, Juvenal Juvêncio, conseguiria tranquilamente ser reeleito para o terceiro mandato, algo proibido pelo atual estatuto do clube. Através de manobras políticas e troca de favores, aliadas a uma oposição fraca e sem coesão, nada parecia capaz de impedir o que seria um verdadeiro golpe contra a instituição. O intento do atual mandatário do clube seria uma mancha na história do São Paulo. Uma história que é marcada pela rotatividade no poder e rechaço ao personalismo.

Felizmente, a torcida de maneira geral tem se manifestado contrária à reeleição e a oposição obteve uma importante liminar na justiça para impedir o terceiro mandato de Juvenal Juvêncio. Não obstante, não temos a segurança inequívoca de que o golpe não será concretizado e é lamentável que haja a necessidade de recorrer-se à justiça para impedir algo que o conselho do clube já deveria ter impedido se realmente respeitasse a instituição que representa.

Dada essa situação que inspira confusões quanto ao nosso posicionamento, a SPNet busca, por meio deste editorial, esclarecê-lo de uma vez por todas e reafirmar nossa postura de idoneidade. Não aceitamos nenhuma pressão, seja de quem for, para publicar ou deixar de publicar qualquer coisa que achemos relevante para a torcida tricolor. Não estamos a serviço de ninguém, a não ser do nosso compromisso de zelar pelo São Paulo Futebol Clube da maneira que cremos mais benéfica possível.

Sendo assim, esclarecemos que a SPNet reconhece os méritos da situação e acredita que, por ser mais preparada que a atual oposição, deveria continuar no comando do São Paulo Futebol Clube. Mas, sob nenhuma hipótese, apoiaremos ou faremos vista grossa à tentativa de golpe estatutário perpetrada por Juvenal Juvêncio. Temos a convicção de que o personalismo é um perigo para o clube e ninguém, por mais competente que seja, tem o direito de brincar com as regras dainstituição para se perpetuar no poder.

Esperamos que Juvenal Juvêncio reconsidere e desista da reeleição. Se realmente sair candidato, mesmo acreditando que a situação deveria continuar no poder, não o apoiaremos e lamentaremos a mancha que ficará na história do clube. Não podemos nos pretender exemplo no futebol brasileiro se seguirmos o caminho de tantos maus exemplos.

No ano em que a SPNet completa 15 anos, nossa postura não poderia ser diferente. Não custa lembrar que somos o primeiro site do São Paulo na Internet, criado muitos anos antes da instituição sequer pensar em ter um site oficial. Mesmo, em todo esse tempo, sendo praticamente ignorados pelo clube - que nunca reconheceu, apoiou ou deu o devido valor ao trabalho voluntário realizado por dezenas de sãopaulinos das mais diversas classes que por esse site passaram e ainda continuam trabalhando - não deixamos e não iremos deixar nossos valores de lado.

A SPNet é pelo São Paulo e para o São Paulo. Portanto, manteremos nosso espaço aberto aos dois lados políticos como temos feito até agora. E como sãopaulinos que somos, nos posicionaremos da maneira que acharmos melhor e sempre no momento oportuno, sem nos deixar levar por ondas de movimentos, por mais legítimos que estes sejam, ou por pressões de quem quer que seja. 

Artur Couto – Sócio SPFC 4268 

Ricardo Shiro 

Equipe SPNet (HTTP://www.saopaulofc.com.br) 

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DESCONSTRUINDO O MITO

15-02-2011 23:25

Caros são-paulinos, em especial integrantes do Conselho Deliberativo do SPFC,

Até esta data, nosso movimento se preocupou em ressaltar as falhas jurídicas e morais do que consideramos um golpe na instituição tricolor. Contudo, tendo em vista que os artífices da infâmia tentam martelar mentiras até que se tornem verdades, somos forçados a ingressar no mérito da gestão atual, colocando em xeque a afirmação de que Juvenal Juvêncio deve ser reeleito novamente porque seria "o melhor nome disponível". Não é preciso uma análise tão aprofundada para constatar o quanto esta versão é enganosa.

A primeira distorção diz respeito ao Centro de Treinamento de Cotia. Não se questiona a excelência das instalações. Quanto ao restante, entretanto, há muito a discutir. Os números quanto a jogadores aproveitados indicam a absoluta falta de um plano sobre como lançar os atletas formados no local. A momentânea alegria pelo surgimento de Lucas e Casemiro faz esquecer que, entre a chegada destes ao time principal e a saída de Breno, foram decorridos dois anos e meio sem que um único jogador vindo de Cotia fosse titular da equipe. Nesse meio tempo, foram contratados diversos atletas de qualidade discutível, tomando espaços em que estes jovens poderiam ter sido testados. Sem saber o que fazer com os garotos encostados, Juvenal Juvêncio tentou uma parceria com o Toledo Colonia Work no Paraná, do qual nada se aproveitou. A rigor, pode-se dizer que a mudança de perspectiva só ocorreu após os processos trabalhistas de 2010, quando ficou evidente o risco de perder nomes promissores antes mesmo que entrassem em campo. Ponto para o acaso, não para Juvenal.

A segunda inverdade está no pretenso posto de guardião do Morumbi na Copa de 2014. Segundo diversos jornalistas (alguns confiáveis) já publicaram, a antipatia pela figura de Juvenal Juvêncio é um dos fatores que deixaram o São Paulo isolado na luta contra os desmandos de Ricardo Teixeira. Um exemplo clássico se deu quando o mandatário fez pouco caso da hotelaria em Belo Horizonte. Por mais que estivesse certo, tal afirmação certamente inibiu o então governador paulista de lhe dedicar apoio, uma vez que precisava do governador de Minas Gerais em seu intuito de se tornar presidente. Mas esta não foi a única mostra da falta de tato político. Juvenal Juvêncio e o SPFC passaram praticamente dois anos bajulando o presidente da CBF, quase a ponto de entoar "Doutor Ricardo é coisa nossa" quando se referiam a Teixeira. Tudo para, sem maiores explicações estratégicas, colidirem com a CBF na eleição do Clube dos 13, antecipando a ira do dirigente contra o clube e seu estádio. Mais uma vez, os instintos de Juvenal o traíram.

A atitude de peitar Ricardo Teixeira e impedi-lo de intervir no território dos clubes poderia ser perfeitamente defensável, não fosse a performance desta última semana, quando aceitou a Taça das Bolinhas. Ao menosprezar o descontentamento rubro-negro, deve causar uma crise sem precedentes no Clube dos 13, provocando o rompimento com Patrícia Amorim e abrindo terreno para Andrés Sanchez - sempre à espreita de seus vacilos - ampliar a cizânia. Novamente, não lhe bastou estar com a razão. Juvenal parece ter uma necessidade imperiosa de tripudiar dos discordantes. Ao fazê-lo, compromete todos os acertos que interessam ao clube. Entre sua afirmação pessoal e o bem do clube, opta invariavelmente pela primeira alternativa.

Se o mandato atual do presidente é controverso fora do campo, dentro dele o desempenho recente se deveu muito ao alcaide e suas contratações temerárias. Só na lateral direita tivemos uma série de fracassos, sendo que um deles sequer jogou. Em nome do "bom relacionamento" com um empresário, o chileno Saavedra passou um ano e seis meses ganhando sem atuar. Não há interesse prévio ou posterior que justifique o ridículo desta situação. Também é inacreditável que Juvenal Juvêncio, que assegura fazer parte do 1 % da população que entende de futebol, tenha feito o clube gastar dinheiro trazendo da Europa um jogador medíocre como Cléber Santana. Pior: gabando-se de estar atrás dele há três anos. Como se vê, ficaram para trás os tempos do "olho clínico" que gerou os títulos da década passada. Depois que os adversários aprenderam o caminho das pedras, a gestão de Juvenal não conseguiu mais encontrar bons valores e o resultado é um time cada vez menos competitivo.

Não queremos recontar a História para desmerecer a totalidade dos atos de Juvenal Juvêncio como presidente. Porém, precisamos cessar esta lenda, propagada por ele mesmo, de que o clube não anda sem suas decisões. Ele teve uma péssima presidência entre 1988 e 1990, e por isso não teve coragem de buscar a reeleição. Voltando do ostracismo, fez um trabalho vitorioso na montagem do campeão mundial de 2005, proporcionando aquele que, possivelmente, foi o último grande time montado no futebol doméstico do Brasil. De volta à presidência, conseguiu manter o nível de forma suficiente para conquistar o tricampeonato nacional, ainda que os problemas estivessem começando a se delinear. São méritos que não temos a pretensão de negar. Mas também não se pode esconder que, depois de abril de 2008, o fracasso foi quase total. Por mais que não se possa vencer sempre, tampouco se pode desconsiderar que muito pouco foi feito para continuar atrás das conquistas. A única semelhança entre os dois últimos mandatos de Juvenal é a pose de diferenciado. Nada mais.

Enfim, nosso objetivo é realçar que estamos prestes a ver encerrado um mandato muito ruim, de modo que causa espanto que alguém esteja disposto a recriar regras para permitir sua continuação por mais três anos. Não é crível que outra pessoa (ainda que da situação, pois reiteramos que nosso intuito é exclusivo contra o terceiro mandato) não tenha condições e vontade de fazer melhor. Juvenal Juvêncio abriu mão da oportunidade de sair pela porta da frente. Não deixem que faça o SPFC inteiro parar na porta dos fundos. 

Por Gustavo Fernandes

 

 

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CARTA AOS CONSELHEIROS

15-02-2011 11:27
Nessa moda de cartas abertas que o tema 3º MANDATO vem gerando, peço licença ao Sr. Carlos Miguel Aidar e aos Conselheiros para dar minha contribuição nesse dia que pode colocar um homem acima dos interesses do São Paulo.
 
Sou apenas um torcedor que já foi associado do clube, podendo voltar futuramente a fazer parte do quadro social do São Paulo se minha situação financeira assim permitir. Sou Sócio Torcedor no Plano Familiar (eu e minha filha), sou assinante do PPV e sou consumidor de produtos do clube, portanto ajudo a pagar as contas do clube "privado e fechado" que muitos de vocês tanto apregoam para tomarem suas decisões internas. Não ando indo ao estádio, já que na final da Libertadores de 2006 vi amigos sendo assaltados e vi meu carro quase destruído, o que me causou uma desilusão tremenda com as agruras que o torcedor comum e pacífico sofre para chegar ao Morumbi.
 
O torcedor infelizmente continua sendo tratado como "gado", além do que pode vir a ser assaltado inclusive por membros de uma certa torcida organizada, que no domingo no Canindé ameaçou membros pacíficos do nosso grupo contra o 3º mandato, o que nos fez CANCELAR a manifestação que faríamos hoje em frente ao Portão 17.
 
Além dessa posição de torcedor na atualidade, fui um dos envolvidos nos sites Manifesto Tricolor, São Paulo Mania, Site Proibido e SPNet, espaços dos quais participei de forma intensa. Na época questionávamos a sequência de administrações ruins no clube, começando pelo Bastos Neto e passando pelo Paulo Amaral. Apoiamos o Leco em 2000 e na eleição de 2002 estivemos apoiando diretamente e de forma desinteressada o saudoso MPG através dos contatos do Edson Lapolla e do saudoso Luiz Celso Piratininga.  
 
Tivemos o site sendo processado na época, o que fez surgir o inesquecível Site Proibido, espaço que era apoiado fortemente pelos mesmos membros da situação (oposição na época) que clamavam os direitos daqueles torcedores em "protestar" contra a administração da época. A cada perseguição sofrida, o retorno por parte da torcida era ainda maior, com mais visitas nos sites e mais pessoas engajando-se em prol do São Paulo, acreditando no MPG, Energia para o São Paulo!
 
Hoje as coisas mudaram muito, já que nossas opiniões são rechaçadas por muitas das mesmas pessoas que um dia nos apoiaram. Nossa manifestação é tida como "insignificante" (apesar que gerou uma carta do Sr. Carlos Miguel Aidar) e ontem o Presidente insinuou que quem seria contra sua candidatura seria "torcedor de outra equipe". Além disso grande parte da imprensa esportiva prefere dar espaço a manifestações violentas como a da torcida corinthiana pós-eliminação na Libertadores. De forma incoerente criticam, mas acabam dando espaço para esse pessoal, em vez de espaço para protestos inteligentes.
 
O nº alcançado até agora no abaixo-assinado pode parecer pouco (quase 5 mil assinaturas) para quem não conhece a internet, mas pelo apoio da mídia e pela comparação com o Manifesto Tricolor de 2000, o nº é pelo menos 4 vezes maior. E não basta só olhar o nº de assinaturas, mas olhar também a repercussão nos comentários dos sites sempre que o tema "3º Mandato" vem a tona. Um olhar mais atento e se perceberá que a grande maioria da torcida É CONTRA O 3º MANDATO DE JUVENAL JUVÊNCIO, o que não significa que seja contra a atual situação ou contra a figura do Sr. Juvenal, importante nos últimos anos.
 
O futebol mudou muito de 10 anos para cá e muitos clubes já perceberam que a aproximação com a torcida é a receita para um futuro de sucesso. O Internacional de Porto Alegre já permite que seu sócio torcedor possa votar no Presidente do Clube, assim como o Grêmio caminha para isso. Em muitos clubes, inclusive aqueles que tinham um histórico ditatorial, como Corinthians e Santos, o Presidente vem, pelo menos, sendo votado pelos associados do clube social. No São Paulo os associados elegem apenas 40 conselheiros pelo voto, até porquê outros 40 são privilegiados pela antiguidade de seus títulos, o que infelizmente breca a entrada de jovens no quadro social.
 
Houve um dia que alguns jovens foram alçados para a Diretoria do Clube, entre eles Carlos Miguel Aidar, Fernando Casal Del Rey, Jaime Franco, entre outros. Alguns anos depois um desses jovens tornou-se o primeiro Presidente de minhas lembranças futebolísticas, até porquê esse era o Presidente mais arrojado e que tinha planos como o Projeto Tóquio, o CT do clube e a montagem de grandes times de futebol, como os inesquecíveis times de 85/86. Tornou-se o mais jovem Presidente de um clube brasileiro e foi um grande Presidente, sem a menor sombra de dúvida. Lembro que me orgulhava ao abrir a revista Placar e ver uma matéria sobre o Projeto Tóquio, que virou realidade alguns anos depois por duas vezes consecutivas.
 
Só posso dizer que fico muito triste que aquele dirigente que transformou o São Paulo na década de 80, agora está por trás de uma alteração estatutária absurda, que nos meus parcos conhecimentos jurídicos pode até tornar-se legal, mas ninguém jamais conseguirá me convencer que é moral ou ética.
 
Foi a partir da administração Carlos Miguel Aidar que eu percebi que existia um lado do meu clube que envolvia homens que conduziam o clube em grandes objetivos. Meu pai e avô já falavam de Laudo Natel, Manoel Raymundo, Piragibe, Cícero Pompeu de Toledo, Henry Aidar, mas foi só a partir de Carlos Miguel Aidar que passei a dar maior importância a esses homens. A partir daí veio Juvenal Juvêncio, veio o grande racha no clube, veio a crise de 1990 onde ninguém queria assumir o clube, veio Pimenta e os títulos internacionais, veio o "impeachment" de Pimenta, veio Fernando Casal Del Rey que sofreu com o estádio, vieram os dois piores presidentes do São Paulo que pude acompanhar e depois disso vieram MPG e JJ, que realmente elevaram o SPFC a um novo patamar.
 
Não somos contra a atual situação, somos contra uma nova candidatura de JJ, por entender que ela desrespeita o Estatuto Social, é casuística e pode prejudicar o São Paulo futuramente, vide o grande nº de processos que com certeza irão chover na Justiça. Problemas na Justiça que já existem depois das mudanças ocorridas 3 anos atrás no tempo do mandato. Lula saiu da presidência ostentando uma popularidade incrível e não tentou de forma casuística mudar a legislação a seu favor.
 
Tentar comparar o que pode ocorrer hoje com a continuidade de Laudo Natel ou Henry Aidar é querer não falar sério, até porquê esses homens continuaram no poder ACLAMADOS, o que está muito distante da atual situação de JJ, até porquê muitos dos partidários estão envergonhados e dizem apoiar apenas por "lealdade ao JJ" (e a lealdade ao São Paulo?), muitos questionam a manobra (como Mariz de Oliveira e Ives Gandra) e muitos dos que poderiam ser potenciais candidatos estão chateados, até porquê a imagem que se passa é que o clube não vive sem o Juvenal, que deve ser cercado de incompetentes para não passar o bastão adiante. E claro, ainda existe um razoável nº de conselheiros que são oposicionistas, que com certeza votarão contra.
 
O hoje popular São Paulo Futebol Clube, outrora tido como um clube aristocrático, com seus mais de 15 milhões de torcedores e com a 3ª maior torcida do Brasil (era a 7ª maior torcida na década de 70), é também uma das que mais consomem produtos do clube no futebol brasileiro. Essa mesma torcida infelizmente é relegada nas decisões mais importantes do Tricolor, vide últimas declarações dadas por várias figuras do clube tratando o São Paulo como um clube fechado onde não temos o direito de opinar. Hoje mais uma dessas decisões será tomada e temo muito pelo que possa vir pela frente.
 
Juvenal tem toda razão em dizer que o Estatuto é retrógrado, mas ele não é retrógrado no tempo de permanência do Presidente ou na possibilidade de uma reeleição, mas sim ao barrar pessoas mais jovens de ingressar no clube. Também é retrógrado por não permitir a profissionalização de alguns setores fundamentais do clube e por não permitir que algum contrato possa ser discutido mais a fundo envolvendo conselheiros oposicionistas, entre outros pontos.
 
Que os Senhores reflitam sobre o que vão decidir na noite de hoje, pensando em todos os problemas que possam vir pela frente. Lembrem-se que vocês estarão assinando um cheque em branco e o nome de cada um de vocês estará a disposição para o julgamento da história...
 
 
Fábio José Paulo (FAJOPA)
ST nº 540.844-0 e 540.843-1
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COERÊNCIA FUTEBOL CLUBE

15-02-2011 09:30

COERÊNCIA FUTEBOL CLUBE - Matéria de 12/02/2009

Carlos Miguel Aidar, ex-presidente da OAB-SP que antecede D’Urso, não vê com bons olhos o terceiro mandato do colega. “Eu lamento. Essa situação demonstra fraqueza da classe. Parece que faltam opções para o cargo. Dessa forma, não caracteriza um rodízio salutar”, afirmou Aidar.

De acordo com o ex-presidente, não existe no estatuto da entidade nada que proíba o terceiro mandato. Mas, segundo ele, a prática de mais de dois mandatos aconteceu em uma época em que entidade e a profissão davam os primeiros passos no Brasil. “Em um passado longínquo, não tinha opção. Eram poucas pessoas na classe e militando na entidade. Hoje, temos mais de 250 mil advogados”, disse.

Para Aidar, ganharia de D’Urso na eleição um candidato que tivesse bom trânsito na classe e respeito entre os advogados. Suas apostas seriam Rui Fragoso (que confirmou candidatura), Alberto Zacharias Toron e Antônio Cláudio Mariz de Oliveira — que foi presidente de 1987 a 1991.

Fonte: https://www.conjur.com.br/2009-fev-12/durso-sinaliza-possibilidade-concorrer-terceiro-mandato 

 

 

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